sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Natália Correia- contra esta poucos se atreveram a piar



O acto sexual é para ter filhos
- disse ele
Um poema de Natália Correia
a João Morgado

Já que o coito- diz Morgado-
Tem como fim cristalino,
Preciso e imaculado
Fazer menina ou menino;
E cada vez que o varão
Sexual petisco manduca,
Temos na procriação
Prova de que houve truca- truca.
Sendo pai de um só rebento,
Lógica é a conclusão
De que viril instrumento
Só usou – parca ração!-
Uma vez. E se a função
Faz o ógão – diz o ditado –
Consumada essa excepção,
Ficou capado o Morgado.



Um poema declamado por Natália Correia (no seu papel de deputada do PRD) na Assembleia da República (dia 3-4-1982) em honra às estas declarações de João Morgado (CDS): O acto sexual só é legítimo tendo em vista a procriação.

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